
A Prefeitura foi notificada, ainda no início deste ano, sobre a interrupção da distribuição deste inseticida, a qual é realizada pelo Governo Federal. “É um trabalho de planejamento. Nós analisamos, ao longo da aplicação do fumacê, as necessidades de cada bairro e vamos nos antecipando. Nossas equipes sabem a quantidade exata de litros de inseticida necessários para aplicar em cada comunidade, todos os meses, e, a partir disso, nos planejamos e asseguramos a continuidade deste serviço mesmo após a interrupção do fornecimento do inseticida”, explica o gerente do Programa Municipal de Controle do Aedes, Jeferson Santana.
O Governo Federal repassa mensalmente para o município de Aracaju cerca de 50 litros do inseticida utilizado no fumacê costal. A substância é pulverizada, em média, 14 vezes por mês, das 17 às 19h, em 17 bairros da capital. O objetivo do fumacê costal é realizar o bloqueio de transmissão de alguma doença causada pelo mosquito, como dengue, chikungunya e zika vírus.
Fumacê nos bairros
Também chamado de Ultra Baixo Volume (UVB), o fumacê só deve ser aplicado nas comunidades a partir de dois principais indicadores: um caso notificado pela SMS em um ponto da comunidade, ou se o índice de risco fornecido pelo LIRAa estiver acima dos 4%.
No primeiro caso, um raio de 300 metros é demarcado a partir do ponto exato onde mora a vítima do mosquito e o inseticida é pulverizado somente nesta área. “Como o mosquito é de voo curto, dificilmente ele conseguirá ultrapassar esse raio de 300 metros, avançar para outras áreas e contaminar outras pessoas”, explica Santana.
Caso o indicativo se baseie no índice fornecido pelo LIRAa, o fumacê também deve ser acionado, pois é necessário fazer um controle rápido da população de mosquitos. “Diminuímos a quantidade de mosquitos adultos e, assim, os agentes de endemias podem fazer o trabalho de campo, ou seja, identificar novos criadouros”, ressalta o gerente do programa do controle do Aedes.